João e Lica

Publicado: 06/08/2009 em Campanha, Colaboração, Inovação, Notícias
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E a história de João e Lica finalmente chega ao seu final. O que parecia uma briga de casal, na verdade é uma campanha publicitária para a GW Comunicação Visual. Tudo começou com a seguinte mensagem em uma empena numa das principais avenidas de Aracaju: “João, você nunca mais me engana. Eu falei pra não fazer de novo, agora tem outro no seu lugar.”

Com essa mensagem, começou o maior burburinho para saber se Lica e João realmente existiam, se era uma campanha publicitária ou se tudo não passava de um recado para João Alves Filho, que já foi prefeito e governador do Estado. As duas últimas opções foram logo descartadas, pois numa entrevista ao Cinform, Webster Ferreira, da GW, afirmou que uma mulher realmente utilizou o espaço para mandar um recado ao suposto João.

Após alguns dias, João resolve veicular uma resposta no mesmo local: “Lica, você me trocou mas pelo jeito não me esqueceu. João”.

Tudo isso gerou um grande buzz, com comentários em blogs, comunidades em Orkut, um blog onde a pessoa pode escrever mensagens e enviar aos amigos, além da possibilidade de anúncio/campanha de oportunidade, pegando carona na “fama” de João e Lica. Finalmente, temos a revelação que tudo realmente não passou de uma ação da Teaser Propaganda para a própira GW Comunicação Visual (empresa responsável pela empena).

A ação conseguiu alcançar seu principal objetivo: divulgar o seu produto de uma maneira diferenciada, fugindo da mesmice na comunicação que outras empresas do segmento praticam. Tudo isso mostra que as empresas e o mercado precisam de uma comunicação criativa e ousada para gerar resultados.

Mas, além disso, é preciso planejar muito bem todos os passos. E, na minha opinião, teve um erro que, dependendo de certos fatores, pode comprometer o resultado da campanha. Estamos na era da transparência (transição do poder para os clientes, funcionários, acionistas e outros envolvidos), ou seja, a empresa tem que ser honesta quanto a tudo que envolva seu nome. Caso contrário, isso pode gerar possíveis consequências para a marca ou produto. Falando especificamente dessa ação, observamos que a empresa não foi transparente, tanto para o consumidor, quanto para empresas que se envolveram no assunto. Em entrevista ao Cinform, o proprietário da empresa afirmou que a peça não se tratava de uma campanha publicitária, mas de uma real situação. Como isso é visto pelo Cinform, veículo de comunicação que passou uma informação que não é verdadeira? E os consumidores, que agora observam a empresa que antes afirmava que não era campanha, assinar a peça publicitária? As consequências faladas anteriormente podem surgir como dúvidas em relação à credibilidade da empresa e do veículo que transmitiu a informação. Temos que tomar certos cuidados com as informações que são passadas e que envolvem o nome da empresa e de terceiros.

comentários
  1. Jeferson disse:

    Interessante observação, mas garanto que ninguém vai se incomodar tanto com a GW, por ter defendido uma idéia, como todos nós nos incomodamos com a UNIT quando lançou aquele teaser sobre vagas numa empresa de grande porte…aí sim.. Abraço!!

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